segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Charges

A charge foi criada no inicio do século XIX, por pessoas que se opunham ao governo e que desejavam se expressar de maneira mais livre. Apesar de seus criadores terem sido duramente reprimidos, as charges, assim como as caricaturas, caíram no gosto popular. Esse sucesso ocorre graças à maneira aparentemente leve de tratar assuntos sérios e polêmicos

Assim como o cronista que condensa e explica acontecimentos recentes do cotidiano, o chargista re/conta e ironiza a atualidade, sempre de forma contundente. Quem nunca leu uma charge, riu por uns minutos e depois passou horas pensando nela? Isso sempre acontece quando a charge e o chargista são bons.

E de bons chargistas, o Brasil está repleto: Glauco, Benett, Mauricio Ricardo, Carlos Ruas, entre outros. E por falar em charges, o brasileiro Carlos Latuff recentemente se viu transformado em “ídolo” da “Primavera Árabe”. Suas ilustrações foram parar nas ruas do Egito, durante as manifestações populares.

Para concluir, é possível dizer que charge e crônica são irmãs ideológicas. Ambas transmitem uma ideia ou posicionamento acerca de determinada situação ou fato. Mas enquanto a crônica é um relato escrito, a charge o faz por meio de uma imagem gráfica e, por isso, é mais abrangente, já que não é preciso ser uma pessoa extremamente culta para ler e entendê-la, basta estar inteirado do que está acontecendo no mundo.

Aliás, “ler é melhor do que estudar”, já dizia o grande chargista Ziraldo.

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