terça-feira, 11 de outubro de 2011

Repercussão do dia mundial sem carros

No dia 22 de setembro, é comemorado o dia mundial sem carro, um projeto que promove a reflexão sobre usos alternativos de locomoção e o uso consciente de carros nas cidades. O objetivo primordial do movimento é conscientizar cada vez mais pessoas a respeito da importância da sustentabilidade.

Nascido na França, em 1998, o dia mundial sem carros chegou ao Brasil em 2001, quando 11 cidades aderiram ao movimento. Em 2011, praticamente em todas as cidades houve algum tipo de manifestação, embora a maioria dos casos tenha surgido de maneira espontânea através de organizações civis.

Em outras situações, entretanto, houve engajamento por partes das autoridades, como foi o caso do prefeito de Londrina (PR), Barbosa Neto, que deixou o carro oficial na garagem e foi trabalhar de bicicleta. A cidade ainda teve ruas onde se proibiu a circulação de carros e passeatas pedindo conscientização sobre um trânsito mais seguro.

Ainda no Paraná, em Maringá, um grupo de ciclistas organizou a “bicicletada”. Já na capital do estado, Curitiba, cidade modelo em sustentabilidade e que tem, desde 2004, uma lei que sanciona esse dia comemorativo na cidade, não houve qualquer manifestação por parte do governo municipal. Mesmo assim, ciclistas saíram às ruas pedindo por construção de ciclovias. Em Foz Do Iguaçu, terra das cataratas, o trânsito foi impedido em duas avenidas do centro e houve uma passeata realizada pela população.

O Rio de Janeiro foi a cidade na qual mais medidas oficiais foram tomadas para promover adesão ao dia mundial sem carro. Entre as principais, o destaque vai para a proposta da elaboração de um ônibus preparado para atender melhor os idosos e pessoas com deficiências. Além disso, o trânsito foi impedido em algumas ruas próximas ao centro da cidade e o estacionamento proibido em diversos pontos.

Embora a repercussão, de modo geral, tenha ficado aquém da desejada, e o engajamento por parte das autoridades tenha sido mínimo, o fato de as organizações civis terem conseguido mobilizar a população para ir às ruas já é um ponto positivo. Afinal, as maiores revoluções e mudanças sempre vieram de baixo para cima, ou seja, do povo, e só depois as autoridades se adaptaram.

Estamos no caminho certo e vamos longe. Assim espero, e você?!

Nenhum comentário:

Postar um comentário