quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A história da charge no Brasil

A charge, nascida na Europa, parece ter sido criada aos moldes do humor brasileiro. Com forte tendência crítica, as charges sempre fizeram refletir, sobretudo a vida política.
Em 1837, foi publicada a primeira charge no Brasil, e autoria é do pintor e poeta Manuel de Araujo Porto Alegre (1806-1879). Essa primeira charge tratava de uma sátira ao jornalista Justiniano José da Rocha, que denunciava as propinas recebidas por um funcionário do governo ligado ao Correio Oficial.
No início de suas publicações, as charges eram publicadas e vendidas avulsas. Compravam-nas em lojas e livrarias. Foi em 1844, que a primeira revista começou publicá-las regularmente. Essa revista é a “Lanterna Mágica”. Mais tarde, outras revistas que surgiram e se consagraram foram a “Semana Ilustrada”, “Vida Fluminense”, “O mosquito”, “Comédia Social”, “O mequetrefe” e “Don Quixote”.
No inicio do século 20, a impressa brasileira, então já configurada nos moldes empresariais, vê surgir a figura do jornalista que se autodenominou Barão de Itararé. Ele, com sua irreverência, ajudou popularizar as charges.
Foi na década de setenta, entretanto, durante os “anos de chumbo” que alguns entre os principais nomes da charge do Brasil surgem. São eles: Ziraldo, Jaguar, Millôr Fernandes, Lan, Chico Caruso e meu preferido Henfil. Segundo Luis Fernando Veríssimo, paradoxalmente nesses anos mais duros é que o Brasil experimentou seu maior momento de criatividade no mundo das charges.

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