quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Leitura Nacional em 2011

“O brasileiro lê pouco”, ou “o brasileiro não lê” são afirmações corriqueiras quando se discute leitura no Brasil. Como isso é possível, se o mercado editorial brasileiro cresce a olhos vistos?!

A questão é mais complexa. Somos um país extremamente grande, onde poucos têm acesso aos livros. Segundo dados amplamente divulgados, em países europeus, a média anual é de treze livros por pessoa, Já no Brasil, esse número não é maior que dois. É precisar considerar, entretanto, que a média é obtida em função do número de habitantes, e o Brasil têm muitos milhões de habitantes a mais do que a maioria dos países da Europa.

Para “avaliar” a leitura no Brasil é preciso, também, considerar quais são os tipos de leituras realizadas. O brasileiro dá preferência aos livros “não-literários”, como ensaios, biografias e afins. Prova disso são os números impressionantes de venda obtidos pela biografia de Steve Jobs.

Nomes famosos também são garantia de sucesso, como Jô Soares, que consegue aliar a carreira de apresentador de TV à de escritor, mantendo a qualidade em ambas. Do mesmo modo, Umberto Eco, famoso por seus romances – um deles chegou a virar filme. Lya Luft também aparece na lista dos mais vendidos com seu livro, cujo gênero principal é a crônica.

Além disso, livros para o público adolescente também tiveram vendas impressionantes. Resta esperar, e torcer, para que esses adolescentes façam desses livros a porta de entrada para o mundo da literatura, e alcancem a sala de estar, onde com certeza, Machado, Borges e outros grandes os esperarão.

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