domingo, 1 de abril de 2012

Ferreira Gullar: escritor premiado

Ferreira Gullar, que nasceu José Ribamar, é talvez o escritor mais premiado ainda em atividade. Perto de completar seus 82 anos, o autor do aclamado “Poema Sujo” recebeu, em 2011, o Prêmio Jabuti e recentemente o Prêmio Moacyr Scliar de Literatura.
Esse reconhecimento é, para ele, um incentivo para continuar.
Dinâmica e múltipla como a personalidade, sua obra é marcada por sua posição ideológica e, por isso, tem forte apelo social. Gullar publicou crônicas, roteiros para o cinema, contos, ensaios e, principalmente, poemas. Aliás, ele é um dos únicos e, segundo Vinicius de Morais, o último grande poeta brasileiro.
Isso porque Gullar é um daqueles espíritos raros, gênios incríveis que aparecem de tanto em tanto no universo da Literatura e das artes. Exímio trabalhador das palavras, trabalhou como jornalista nas mais diversas áreas e se aventurou também nas artes plásticas, pintando, com predileção pelas gravuras.
Uma das coisas que mais atraem nos textos de Gullar é a musicalidade de suas palavras. A cadência natural que parece fluir delas. E não é por acaso, Gullar tem um interesse especial pela música, tanto que ele tem algumas canções criadas em parceria com o compositor e cantor Fagner.
Talvez as mais famosas sejam “Borbulhas de Amor” e “Traduzir-se”, que nasceu originalmente como poema e foi musicada por Fagner e mereceu interpretações de Chico Buarque e Adriana Calcanhoto. Há no youtube diferentes versões, confira.

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